1° de Abril
Do you think it's real?



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Anjo Caído




Uma vez eu conheci um anjo.
Ele era de tamanha beleza que eu não conseguia contemplar nada mais além de seu exuberante semblante.
Nem mesmo conseguia me concentrar em nada mais que não fosse relacionado ao anjo.
Alto, magro, com seus longos cabelos loiros e lisos e os olhos azuis mais magníficos já deslumbrados por qualquer mortal.
Ele veio até mim e me ofereceu o mundo.
E eu aceitei.
Em troca, dei-lhe meu coração para que assim bem fizesse o que desejasse com ele.
Você alguma vez já sentiu os lábios de um anjo?
Pois pode ter certeza de que irão lhe levar ao paraíso.
E eles me levaram.
Mas foi uma viagem sem volta.
O anjo não me amava como havia me dito em nossos momentos mais sublimes.
Aqueles lábios agora sentiam somente o gosto de sangue que escorria de meu coração enquanto ele o devorava.

You're cold inside. You're not the one I hope for. I'll see you on the other side. Just tell me now who ate your heart?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Agonia e Êxtase

Não se nasce com ódio.

Aprendemos a odiar.

Bem rápido.

As pessoas ultrapassam limites pra satisfazer seus desejos, necessidades, vontades...

...sem se importar com terceiros...

...por meio da guerra, perversão ou crime.

A ira se dissemina.

Eu sou Atrócitus, o último sobrevivente do setor 666, graças aos guardiões do universo.

Estou cheio de ódio.

Como esse anjo.

O anjo dos lanternas vermelhos.



Bleez nunca fora escrava ou mesmo pensara em escravidão.

Mas quando ela viu o buraco em Ranx levando à vastidão do espaço...

...finalmente compreendeu o preço da liberdade.



Bleez do setor 33.

Você possui grande ira em seu coração.

Ira.



Bleez não tem mais liberdade.

Nem sente dor.

Mas sempre sentirá ódio.

Porque a ira gera o ódio.

E esse é seu verdadeiro poder.





Conto da Tropa dos Lanternas Vermelhos

domingo, 5 de setembro de 2010

Silêncio da Solidão

Estou sozinho.
Fui deixado para trás por todos aqueles que um dia disseram me amar.
O silêncio corta o ar.
O único barulho que ouço é o da minha própria respiração, além de meus pensamentos também.
Pensamentos esses que me consomem aos poucos.
Coloco uma música para tocar.
Mas mesmo o silêncio sendo quebrado não é a mesma coisa.
É só uma gravação, não uma pessoa real.
Na verdade, continuo sozinho.
E provavelmente vou continuar por um longo tempo.
Fazendo minha jornada rumo ao desconhecido sem nenhum auxílio.
Mas mesmo que o silêncio sussure em meus ouvidos.
Sempre haverá uma música à ser cantada para silênciá-lo.